Existe uma certa confusão quando usamos o termo "Cosleeping" ao falar sobre sono seguro de bebês. Muitas vezes a palavra é logo associada à cama compartilhada. Porém seu significado abrange não somente o ato de dormir com o bebê na mesma cama, mas o compartilhar o ambiente de sono, seja na mesma cama, ou no mesmo quarto, em um berço ou colchão ao lado da cama dos pais. Podemos descrever como sono compartilhado, ou quarto compartilhado.
Esta prática, atualmente, é defendida por estudiosos por promover maior segurança durante o sono. A Sociedade Americana de Pediatria orienta que a prática deve ser seguida no primeiro ano de vida do bebê, principalmente durante os primeiros 6 meses. Já a Sociedade Brasileira de Pediatria fala que o bebê deve dividir o mesmo ambiente que os pais nos primeiros 6 meses de vida.
Mas qual a vantagem? Quando o bebê compartilha o mesmo ambiente de sono com a mãe ou seu principal cuidador há uma regulação na fisiologia dessa criança, criando uma conexão entre os padrões respiratórios, cardíacos, de temperatura, sono, diminuindo consideravelmente o risco de Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI), além de facilitar a amamentação, e melhorar o sono dos cuidadores.
Segundo James McKenna, professor de antropologia da Universidade de Notre Dame, e especialista no tema, este é o único ambiente na qual o recém nascido está adaptado (mesmo ambiente que os pais).
Caso sua escolha seja pela cama compartilhada, seguir as orientações de segurança é se extrema importância para garantir uma noite tranquila pois, sabe-se, também, que os acidentes associados à prática, estão relacionados a locais não seguros, incluindo cuidadores não aptos.
Luciana Morais
Enfermeira
Especialista em Saúde Materno Infantil e Aleitamento Materno