segunda-feira, 19 de julho de 2021

Cosleeping


Existe uma certa confusão quando usamos o termo "Cosleeping" ao falar sobre sono seguro de bebês. Muitas vezes a palavra é logo associada à cama compartilhada. Porém seu significado abrange não somente o ato de dormir com o bebê na mesma cama, mas o compartilhar o ambiente de sono, seja na mesma cama, ou no mesmo quarto, em um berço ou colchão ao lado da cama dos pais. Podemos descrever como sono compartilhado, ou quarto compartilhado.
Esta prática, atualmente, é defendida por estudiosos por promover maior segurança durante o sono. A Sociedade Americana de Pediatria orienta que a prática deve ser seguida no primeiro ano de vida do bebê, principalmente durante os primeiros 6 meses. Já a Sociedade Brasileira de Pediatria fala que o bebê deve dividir o mesmo ambiente que os pais nos primeiros 6 meses de vida. 
Mas qual a vantagem? Quando o bebê compartilha o mesmo ambiente de sono com a mãe ou seu principal cuidador há uma regulação na fisiologia dessa criança, criando uma conexão entre os padrões respiratórios, cardíacos, de temperatura, sono, diminuindo consideravelmente o risco de Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI), além de facilitar a amamentação, e melhorar o sono dos cuidadores.
Segundo James McKenna, professor de antropologia da Universidade de Notre Dame, e especialista no tema, este é o único ambiente na qual o recém nascido está adaptado (mesmo ambiente que os pais).
Caso sua escolha seja pela cama compartilhada, seguir as orientações de segurança é se extrema importância para garantir uma noite tranquila pois, sabe-se, também, que os acidentes associados à prática, estão relacionados a locais não seguros, incluindo cuidadores não aptos. 




Luciana Morais
Enfermeira
Especialista em Saúde Materno Infantil e Aleitamento Materno
 

domingo, 18 de julho de 2021

Por hoje escolho me amar...




Com todos meus defeitos e imperfeições, erros e acertos. Marcas do tempo, fios brancos. As mudanças do corpo, quilos a mais na balança, adquiridos com a maternidade ou com a saúde mental sendo colocada em ordem. Ou seja como for. 
Não. Não é algo fácil de se fazer. Não é como se apertássemos um botãozinho e como mágica todas as inseguranças e tudo mais sumissem. Mas dou um passo por dia e faço minha escolha. Eu escolho me amar e me aceitar. E quando escolho a mudança vem de dentro de mim. 

Então hoje eu escolho aceitar e honrar meu corpo, que é meu, carrega minha história, marcas de uma vida. Que carregou quatro pequenos corações pelo tempo que lhes foi necessário, que foi alimento na medida, pro corpo e pra alma. 

Dou meu primeiro para me libertar de todas as amarras impostas e que nos sufocam nesse mundo que vivemos. Para além de jornadas duplas, triplas, quádruplas, um tempo para poder olhar para mim, me reconhecer como sou, toda a beleza, não aquela que dizem que devemos ter, mas aquela beleza que é real, que é capaz de impor medo, pois sabem que nos torna capazes de tudo. 

Sei que é um caminho longo. Mas hoje escolho me amar. Mais que ontem, menos que amanha. <3


Luciana Morais
Enfermeira
Especialista em Saúde Materno Infantil e Aleitamento Materno