Todo ano, no mês de Outubro, é celebrada a SIB - Semana Internacional de Babywearing, um evento que tem como objetivo celebrar, promover, difundir , chamar atenção das pessoas ao beneficios e delicias do uso de carregadores. O evento é organizado pelo grupo Babywearing Internacional, que incentiva grupos em todo mundo a participarem, ajudando a divulgar cada vez mais o babywearing.
A cada ano comemora-se com um tema diferente, que pode e deve ser trabalhado de diversas formas. Esse ano o tema é "Entrelaçados' (Threaded Together) que tem como objetivo celebrar os diversos laços que podem ser formados e fortalecidos através do uso dos carregadores!
Aqui em BH nos unimos a fim de difundir o uso e boas práticas no babywearing. Venha conosco comemorar e aprender um pouco mais sobre as melhores maneiras de estar "Entrelaçado" com seus pequenos! Preparamos uma programação bem legal!
Referência: Babywearing Week
domingo, 1 de outubro de 2017
terça-feira, 8 de agosto de 2017
Todos pelo aleitamento Materno!
Mais uma Semana Mundial do Aleitamento Materno chega ao fim, com manifestações lindas em todo país, porém o Agosto Dourado continua! Pensando em como finalizar a semana (com uns dias de atraso), lembrei de um texto que escrevi a um tempo, para o blog do Padecendo no Paraiso (Postagem Original), e creio que tem muito a ver com o tema da SMAM!
AMAMENTAÇÃO: É papel de todos apoiar
Há cerca de 60-70 anos, o desenvolvimento tecnológico voltado a facilitar a vida das pessoas, as mudanças no papel da mulher e no estilo de vida das pessoas contribuíram para o aumento na utilização de mamadeiras e leites artificiais na alimentação das crianças, em detrimento do aleitamento materno. Houve um período, inclusive, que esse leite era distribuído por programas de assistência. Na década de 80 começam a surgir os programas que buscam resgatar o aleitamento materno no Brasil. Entretanto, ainda hoje vivemos os reflexos daquela cultura: o Brasil apresenta uma média assustadoramente baixa de 54 dias de aleitamento materno exclusivo, quando o ideal preconizado são 6 meses, e menos de 1 ano de aleitamento total, sendo que deveria seguir até 2 anos de idade ou mais, segundo a OMS. Veja o estudo completo aqui
Atualmente existem diversos programas que visam à conscientização da importância do aleitamento materno, inclusive proteção legal, com a NBCAL e a lei que protege mães que amamentam.
Porém, na prática, as coisas não são tão simples...
Sabemos que o aleitamento materno deve ser mantido de forma exclusiva para bebês até os 6 meses de idade, mas como é possível se temos uma licença maternidade de apenas 4 meses? Como garantir que essas mães sejam capazes de voltar a trabalhar e ainda assim amamentar seu bebê em livre demanda?
Mesmo com os intervalos preconizados por lei (2 intervalos de meia hora ao longo do dia), a prática, em sua maioria, não permite que aconteça da melhor forma e mutias mães acabam introduzindo outros tipos de leite ou mesmo alimentos precocemente a seus bebês. Começa ai, muitas vezes, o caminho para um desmame precoce.
Mães que trabalham longe de casa, serviços exaustivos e pesados, que acabam dificultando uma ordenha adequada, bebês que vão pra creches e escolinhas (muitas que não recebem o LM)... A luta pelo aumento da licença maternidade (e paternidade também porque, cá pra nós, 5 dias corridos e nada é quase o mesmo, né?) é uma que eu espero que, em breve, possamos vencer. Existe um benefício para empresas que aumentarem a licença para 6 meses, mas a adesão é facultativa.
E o que eu, você, e todo mundo tem a ver com isso? TUDO! O sucesso do aleitamento depende de uma rede de apoio firme e segura. É preciso conscientizar mães, pais, avós, tios e todos que estão envolvidos da importância de estar ao lado, não deixar desistir a primeira dificuldade.
Hoje percebo ser muito fácil dizer "ah, mas dá uma mamadeira que resolve", "pra que insistir?", "os leites são muito bons hoje em dia, dá na mesma".
Realmente dá na mesma? Não dá. Ainda bem que hoje podemos contar com fórmulas excelentes, capazes de suprir bem as necessidades nutricionais dos bebês para queles que, por algum motivo, não puderam ser amamentados. E realmente existem situações em que o aleitamento materno não será viável. São poucas, mas existem.
Acontece que hoje a quantidade de mulheres que não conseguem ou não podem amamentar parece ser maior que as que obtém sucesso na amamentação. Será que o problema é mesmo a mulher? É preciso lutar contra a banalização da suplementação artificial. Não é que não se deve dar nunca, e sim prescrita com critério, dando-se preferencia, sempre, a reforçar o estímulo a amamentação, a produção materna, complementação com o próprio leite da mãe. Infelizmente, muitas vezes, esse reforço é visto coma radicalismo, exagero, desnecessário. Simplesmente porque é mais fácil dar uma mamadeira que apoiar, incentivar, ouvir, estar à disposição. Requer paciência, esforço, tempo...
E ai chegamos às campanhas. Qual a importância delas? Já sabemos um pouco como a história contribuiu neste quadro e da importância da rede de apoio para a mulher. Mas mesmo assim ainda vemos muita gente que acredita que o aleitamento materno não possui tantos benefícios assim. Vemos profissionais que continuam orientando de forma errônea, contra as orientações de entidades nacionais e internacionais de saúde. Vejo mães que sofrem por ainda acreditarem em mitos (que são muitos) em torno da amamentação, e acabam agindo de forma não favorável. Muitas vezes substituindo o leite materno por fórmula por motivos irreais. As campanhas são de extrema importância para a promoção do aleitamento materno, difundir as boas práticas, desmistificar, e ressaltar a importância e benefícios da prática. Informação! Esse é o ponto chave, a meu ver, das campanhas. Informação. Como podemos fazer escolhas ou tomar atitudes se não temos informações adequadas a respeito? E não existe forma melhor de passar esse conhecimento adiante que através de campanhas, como a Semana Mundial de Aleitamento Materno onde, inclusive, artistas conhecidos participam, uma vez que são grandes formadores de opinião.
Muitas são as iniciativas em prol do aleitamento materno - ONGs, bancos de leite, grupos de apoio e e programas governamentais. Se não existisse todo esse movimento, como conscientizar a sociedade sobre a importância da amamentação? Mães que amamentam de forma prolongada (2 anos ou mais), o mesmo que passam dos 12 meses de aleitamento passam por situações muitas vezes desconfortáveis, por estarem com uma criança que, na cabeça das pessoas, já está grande ou passou da idade para estar ao peito.
Mães que, como eu, amamentam seus pequenos (2 anos, 4 meses e contando) onde quer que estejam, enfrentando comentários indiscretos e olhares críticos, seja na rua, na família ou onde estiver, carregados da ideia que o leitem materno perde suas propriedades após determinada idade, sobre o comportamento ser inapropriado e a "dependência" de ambos. Ué, mas desde quando bebês são independentes?
O contrário da não amamentação, o aleitamento prolongado, também é um assunto que requer maior visibilidade por parte da população, uma quebra de tabus. Quantas histórias de desmame por pressão social, da família ou profissional vemos por ai, quando a mulher não queria realmente levar esse desmame? Desmame, esse, muitas vezes abruptos e traumáticos às crianças (e às mães também). Não podemos esquecer que amamentar é um ato fisiológico, natural, que nutre nutricional e emocionalmente bebês e crianças. É preciso reforçar a capacidade da mulher/mãe em nutrir seu bebê, em oferecer o melhor para ambos, e que não se deve desistir frente a primeira dificuldade. Pois elas existirão, sempre. Independente da situação. Com elas crescemos, aprendemos, revemos atitudes. E se, por algum motivo, nos vermos diante de um impedimento real, tenhamos a consciência tranquila, uma vez que somos capazes de fazer o que de melhor está a nosso alcance para nossos bebês e nós mesmas.
Acolhimento e sensibilidade são fundamentais nesse mundo da maternidade, principalmente quando falamos em AMAmentação.
*Atualizando
Alice (na época 2 anos e 4 meses) mamou até 3 anos e 11 meses, quando desmamou de forma natural e tranquila, apoiada por mim a todo instante. Hoje amamento Joana, de forma exclusiva, há 4 meses.
AMAMENTAÇÃO: É papel de todos apoiar
Há cerca de 60-70 anos, o desenvolvimento tecnológico voltado a facilitar a vida das pessoas, as mudanças no papel da mulher e no estilo de vida das pessoas contribuíram para o aumento na utilização de mamadeiras e leites artificiais na alimentação das crianças, em detrimento do aleitamento materno. Houve um período, inclusive, que esse leite era distribuído por programas de assistência. Na década de 80 começam a surgir os programas que buscam resgatar o aleitamento materno no Brasil. Entretanto, ainda hoje vivemos os reflexos daquela cultura: o Brasil apresenta uma média assustadoramente baixa de 54 dias de aleitamento materno exclusivo, quando o ideal preconizado são 6 meses, e menos de 1 ano de aleitamento total, sendo que deveria seguir até 2 anos de idade ou mais, segundo a OMS. Veja o estudo completo aqui
Atualmente existem diversos programas que visam à conscientização da importância do aleitamento materno, inclusive proteção legal, com a NBCAL e a lei que protege mães que amamentam.
Porém, na prática, as coisas não são tão simples...
Sabemos que o aleitamento materno deve ser mantido de forma exclusiva para bebês até os 6 meses de idade, mas como é possível se temos uma licença maternidade de apenas 4 meses? Como garantir que essas mães sejam capazes de voltar a trabalhar e ainda assim amamentar seu bebê em livre demanda?
Mesmo com os intervalos preconizados por lei (2 intervalos de meia hora ao longo do dia), a prática, em sua maioria, não permite que aconteça da melhor forma e mutias mães acabam introduzindo outros tipos de leite ou mesmo alimentos precocemente a seus bebês. Começa ai, muitas vezes, o caminho para um desmame precoce.
Mães que trabalham longe de casa, serviços exaustivos e pesados, que acabam dificultando uma ordenha adequada, bebês que vão pra creches e escolinhas (muitas que não recebem o LM)... A luta pelo aumento da licença maternidade (e paternidade também porque, cá pra nós, 5 dias corridos e nada é quase o mesmo, né?) é uma que eu espero que, em breve, possamos vencer. Existe um benefício para empresas que aumentarem a licença para 6 meses, mas a adesão é facultativa.
E o que eu, você, e todo mundo tem a ver com isso? TUDO! O sucesso do aleitamento depende de uma rede de apoio firme e segura. É preciso conscientizar mães, pais, avós, tios e todos que estão envolvidos da importância de estar ao lado, não deixar desistir a primeira dificuldade.
Hoje percebo ser muito fácil dizer "ah, mas dá uma mamadeira que resolve", "pra que insistir?", "os leites são muito bons hoje em dia, dá na mesma".
Realmente dá na mesma? Não dá. Ainda bem que hoje podemos contar com fórmulas excelentes, capazes de suprir bem as necessidades nutricionais dos bebês para queles que, por algum motivo, não puderam ser amamentados. E realmente existem situações em que o aleitamento materno não será viável. São poucas, mas existem.
Acontece que hoje a quantidade de mulheres que não conseguem ou não podem amamentar parece ser maior que as que obtém sucesso na amamentação. Será que o problema é mesmo a mulher? É preciso lutar contra a banalização da suplementação artificial. Não é que não se deve dar nunca, e sim prescrita com critério, dando-se preferencia, sempre, a reforçar o estímulo a amamentação, a produção materna, complementação com o próprio leite da mãe. Infelizmente, muitas vezes, esse reforço é visto coma radicalismo, exagero, desnecessário. Simplesmente porque é mais fácil dar uma mamadeira que apoiar, incentivar, ouvir, estar à disposição. Requer paciência, esforço, tempo...
E ai chegamos às campanhas. Qual a importância delas? Já sabemos um pouco como a história contribuiu neste quadro e da importância da rede de apoio para a mulher. Mas mesmo assim ainda vemos muita gente que acredita que o aleitamento materno não possui tantos benefícios assim. Vemos profissionais que continuam orientando de forma errônea, contra as orientações de entidades nacionais e internacionais de saúde. Vejo mães que sofrem por ainda acreditarem em mitos (que são muitos) em torno da amamentação, e acabam agindo de forma não favorável. Muitas vezes substituindo o leite materno por fórmula por motivos irreais. As campanhas são de extrema importância para a promoção do aleitamento materno, difundir as boas práticas, desmistificar, e ressaltar a importância e benefícios da prática. Informação! Esse é o ponto chave, a meu ver, das campanhas. Informação. Como podemos fazer escolhas ou tomar atitudes se não temos informações adequadas a respeito? E não existe forma melhor de passar esse conhecimento adiante que através de campanhas, como a Semana Mundial de Aleitamento Materno onde, inclusive, artistas conhecidos participam, uma vez que são grandes formadores de opinião.
Muitas são as iniciativas em prol do aleitamento materno - ONGs, bancos de leite, grupos de apoio e e programas governamentais. Se não existisse todo esse movimento, como conscientizar a sociedade sobre a importância da amamentação? Mães que amamentam de forma prolongada (2 anos ou mais), o mesmo que passam dos 12 meses de aleitamento passam por situações muitas vezes desconfortáveis, por estarem com uma criança que, na cabeça das pessoas, já está grande ou passou da idade para estar ao peito.
Mães que, como eu, amamentam seus pequenos (2 anos, 4 meses e contando) onde quer que estejam, enfrentando comentários indiscretos e olhares críticos, seja na rua, na família ou onde estiver, carregados da ideia que o leitem materno perde suas propriedades após determinada idade, sobre o comportamento ser inapropriado e a "dependência" de ambos. Ué, mas desde quando bebês são independentes?
O contrário da não amamentação, o aleitamento prolongado, também é um assunto que requer maior visibilidade por parte da população, uma quebra de tabus. Quantas histórias de desmame por pressão social, da família ou profissional vemos por ai, quando a mulher não queria realmente levar esse desmame? Desmame, esse, muitas vezes abruptos e traumáticos às crianças (e às mães também). Não podemos esquecer que amamentar é um ato fisiológico, natural, que nutre nutricional e emocionalmente bebês e crianças. É preciso reforçar a capacidade da mulher/mãe em nutrir seu bebê, em oferecer o melhor para ambos, e que não se deve desistir frente a primeira dificuldade. Pois elas existirão, sempre. Independente da situação. Com elas crescemos, aprendemos, revemos atitudes. E se, por algum motivo, nos vermos diante de um impedimento real, tenhamos a consciência tranquila, uma vez que somos capazes de fazer o que de melhor está a nosso alcance para nossos bebês e nós mesmas.
Acolhimento e sensibilidade são fundamentais nesse mundo da maternidade, principalmente quando falamos em AMAmentação.
*Atualizando
Alice (na época 2 anos e 4 meses) mamou até 3 anos e 11 meses, quando desmamou de forma natural e tranquila, apoiada por mim a todo instante. Hoje amamento Joana, de forma exclusiva, há 4 meses.
quinta-feira, 13 de julho de 2017
A Hora do Mamaço 2017
Esse ano o tema da SMAM está muito bacana 'Sustaining Breastfeeding - TOGETHER!', ou seja, todos juntos pelo apoio a amamentação.
Não é um tema lindo? Além de lindo é um tema de extrema relevância pois, nós que amamentamos, ou já amamentamos algum dia sabemos como este não é um processo fácil, e a importância da rede de apoio, de termos alguém a nosso lado apoiando, sustentando, nos cercando e tornando o ambiente confortável e favorável, para que possamos ter tranquilidade e nos dedicar da forma necessária a nossos bebês e ao aleitamento. Eu falo que é alguém que será nossa força quando estivermos cansadas, no limite, e que nos ajudará a respirar fundo e seguir com nossos objetivos.
Aqui em casa meu marido faz lindamente esse papel. Alice (que mamou no peito até 3 anos 11 meses), Joana (que mama exclusivo e em livre demanda) e eu somo muito gratas por podermos estar entregues a esse momento, da forma como deve ser e precisamos. Claro que em nossa rede de apoio temos muitas outras pessoas, como minha mãe, sogra, tias... mas é ele que está aqui todos os dias.
Bom, mas esse texto todo, além de divulgar a SMAM tem um outro motivo. Já há alguns anos a Cheiro de Mãe é apoiadora, incentivadora e ajuda na elaboração e organização dA Hora do Mamaço aqui em Belo Horizonte, e esse ano não poderia ser diferente. E temos um pedido mais que especial:
Para esse ano está sendo lançado um canal no You Tube para divulgação de depoimentos de mulheres e seus apoiadores. E ai precisamos de todos vocês! Quem pode nos enviar contando um pouquinho da sua experiência, quem foi seu maior apoiador, e um pouco também da fala do apoiador?
Fizemos um roteirinho para ajudar:
Aqui em casa meu marido faz lindamente esse papel. Alice (que mamou no peito até 3 anos 11 meses), Joana (que mama exclusivo e em livre demanda) e eu somo muito gratas por podermos estar entregues a esse momento, da forma como deve ser e precisamos. Claro que em nossa rede de apoio temos muitas outras pessoas, como minha mãe, sogra, tias... mas é ele que está aqui todos os dias.
Bom, mas esse texto todo, além de divulgar a SMAM tem um outro motivo. Já há alguns anos a Cheiro de Mãe é apoiadora, incentivadora e ajuda na elaboração e organização dA Hora do Mamaço aqui em Belo Horizonte, e esse ano não poderia ser diferente. E temos um pedido mais que especial:
Para esse ano está sendo lançado um canal no You Tube para divulgação de depoimentos de mulheres e seus apoiadores. E ai precisamos de todos vocês! Quem pode nos enviar contando um pouquinho da sua experiência, quem foi seu maior apoiador, e um pouco também da fala do apoiador?
Fizemos um roteirinho para ajudar:
*Se puder, durane a filmagem, estar amamentando seria muito legal!
-Ha quanto tempo amamenta ou amamentou?
-Teve apoio para amamentar? De quem?
-Qual o momento mais difícil na amamentação pra você?
-Já passou por algum momento constrangedor ao amamentar? Qual?
- O que não te faz desistir de amamentar?
-Pra você, porque é importante amamentar?
Os vídeos devem ser curtinhos (2 minutos), e podem ser enviados aqui no email da Cheiro de Mãe mesmo: slingcheirodemae@gmail.com
Vamos lá galerinha, quero ver a minha caixa de entrada cheia de videos lindos, recheados de amor!!!!
Esse ano também será lançado o selo de 'Empresa amiga do aleitamento materno', ogo conto um pouco mais!
E espero todo mundo também, no dia 05/08, lá na Praça da Liberdade para fazermos um evento lindo!! Encher a praça de bebês amamentando, que foram amamentados, pais e mães, e todo mundo que apoia e incentiva o Aleitamento Materno!!
domingo, 25 de junho de 2017
Pra sempre em meu coração
O dia de hoje (25/06) é um dia especial. Hoje meu bb3 completou 1 ano.
Um ano que me deixou e me tornei mãe de anjo.
Um ano que não deixo de lembrar um dia sequer.
Um ano que conheci o mundo invisível das mães de anjos.
Invisível porque a gente só conhece quando passa por isso. Não ouvimos falar. A sociedade, no geral, não reconhece o luto pelo filho não conhecido. É como se ele não existisse. Por trás de frases 'de consolo' comuns repetidas a todos com - não era o momento, podia ser pior, pelo menos estava no começo, Deus quis, logo vem outro - colocam o luto, a tristeza como desnecessários, como se ele fosse medido pelo tempo de existência daquele bebê, e não pelo desejo, pela espera, pelo vínculo formado com os sonhos e desejos daquela mulher. Provavelmente eu também já devo ter repetido essas frases algum dia, sem me dar conta de como aquilo seria recebido. Então acaba sendo um caminho solitário também pra quem passa pela perda.
Por muitas vezes me peguei pensando que estava louca, que aquilo que eu sentia, toda tristeza, desamparo era errado e eu devia estar exagerando. Ou ainda estou.
Mas também aprendi que existem pessoas que lutam para que tenhamos maior acolhimento e empatia. Grupos que se formam para ajudar aquelas que passam pela perda a superar e lidar com o turbilhão de sentimentos. E isso é lindo! Sou muito grata a esses grupos por me dizerem que meus sentimentos são reais, válidos, e que não é preciso passar por eles sozinha.
Há um ano atrás, foi um dos dias mais tristes que posso me lembrar. Lembro de estar a ao telefone com Miriam , com quem eu já tinha começado pré natal, em busca do meu parto dos sonhos, ouvindo palavras de carinho, enquanto o choro era guardado dentro de mim pra preservar os meninos. Como encontrei pessoas queridas no meu caminho! E uma das coisas que ela me disse, me marcou, e a partir de então sempre falo com quem passa pela mesma situação: Não deixe ninguém desmerecer seu sentimento. Não se prive de viver o luto.
Eu não pude, sequer, dar um nome ao meu bb3, ainda hoje o chamamos de pãozinho. Ainda me pego pensando porque precisei passar por isso, e hoje gosto de pensar e acreditar que ele veio a este mundo pra nos preparar para a vinda da Joana, minha bebê Arco Iris, que nos trouxe tanto amor em meio ao turbilhão que vivíamos.
Eu hoje sou mãe de 4: três aqui juntinhos de mim, e uma estrelinha lá no céu a nos acompanhar. E essa estrelinha nunca será esquecida por mim, estará pra sempre em meu coração, na minha lembrança, e no meu corpo. Eu o senti (nos sinais da gravidez), o vivi por 9 semanas. Vi seu coraçãozinho que batia dentro de mim. Então porque eu iria mentir que ele nunca existiu?
O pomo, que representa meu pãozinho <3
Depois de toda essa experiência, É tudo que posso dizer a quem a vive: Permita-se sentir, busque apoio. Não tente fingir que nada aconteceu. E acredite: Somos mães, acima de tudo!
E se você tem alguém perto de vocês vivendo um momento de perda, lembre-se de acolher a dor, não fale que foi melhor, ou frases do tipo. Escute se for preciso. Coloque-se no lugar. Dê tempo a essa mãe. O tempo é melhor aliado.
quinta-feira, 8 de junho de 2017
Novos videos!
Há um tempo (desde que Joana nasceu) estou querendo gravar novos videos, mais atuais pra vocês. Mas sabem com é rotina com bebe novinho, e mais dois filhos, casa, empresa.... e por ai vai. hehe Só lembrava em horários que não tinha como fazer os vídeos. Até que finalmente consegui! Gravei dois videos pra vocês, um com wrap sling, na cruz envolvente e outro no de argolas. Com o primeiro passo dado, aos poucos irei gravando novos videos, mais completos, novas amarrações, orientações, produtos, e quem sabe outros assuntos relacionados a maternidade/paternidade!
Aproveitem e se inscrevam no nosso canal! <3
Então, ignorem as olheiras, a cara de cansada, e espero que gostem dos videos! E já sabem.. qualquer duvida só chamar!!
domingo, 7 de maio de 2017
Maternidade como ela é
Quando pensamos em bebês novinhos, logo vem a mente a imagem de um serzinho frágil, que dorme o dia todo, acorda a cada 3-4 horas, mama, faz coco, dorme de novo.... e por ai segue durante as primeiras semanas. E assim vamos, imaginando que nosso bebe que está pra chegar irá se comportar assim. Lembramos de fotos lindas que vemos por ai, mães e bebês felizes e sorridentes, amamentando numa poltrona, foto típica de revista. Logo teremos as nossas!
Ai nasce nosso pacotinho. Ele não dorme. pede peito a cada hora e fica meia hora mamando. O peito fica dolorido, muitas vezes fere, chega a sangrar. Esse ritmo segue, inclusive a noite. Nossa rotina vira um caos. E ele chora. E não conseguimos descobrir o porque. Ele quer colo. Carrinho? berço? cheios de espinhos. Gente, cadê aquele bebe fofinho e dorminhoco que vemos falando por ai? Será que o problema sou eu? meu leite? meu bebê?
Ai com o tempo entendemos que não, não tem nada errado conosco, nem com nossos bebês. Essa é apenas a maternidade como ela é. Bebes que dormem todo o dia, são as exceções. Não é o berço que tem espinho, nosso colo que tem amor demais. Nosso cheiro que é capaz de acalmar as angústias. A maternidade nem sempre e tão linda como nas revistas. Ela pode ser exaustiva e solitária. Muitas vezes vamos pensar: meu Deus, onde eu me meti? e vamos chorar, e vamos nos sentir exaustas. Mas tudo bem. Acredite, isso passa. Novos desafios e dificuldades virão, é verdade, mas passa.
Dai a importância de uma rede de apoio forte e segura, capaz de acolher em nossas necessidades, sem julgamentos. Também importante que saibamos olhar pra nós, pedir ajuda quando sentirmos que precisamos. Buscar apoio, informação, trocar experiencias (eu sou super fã de grupos de apoio. Nada mais reconfortante que ouvir outras pessoas que passaram por determinada situação, ver como enfrentaram...). Aceitar a maternidade como ela é, e o nosso bebê real, como ele é. Nos permitir conhecermos um ao outro, e aos poucos vamos entendendo as necessidades daquele serzinho que mal chegou nesse mundo. E as coisas vão ficando mais leves. Acredite, você é a melhor mãe que seu bebê pode ter. Mesmo com toda dificuldade, medo e medo.
Ai nasce nosso pacotinho. Ele não dorme. pede peito a cada hora e fica meia hora mamando. O peito fica dolorido, muitas vezes fere, chega a sangrar. Esse ritmo segue, inclusive a noite. Nossa rotina vira um caos. E ele chora. E não conseguimos descobrir o porque. Ele quer colo. Carrinho? berço? cheios de espinhos. Gente, cadê aquele bebe fofinho e dorminhoco que vemos falando por ai? Será que o problema sou eu? meu leite? meu bebê?
Ai com o tempo entendemos que não, não tem nada errado conosco, nem com nossos bebês. Essa é apenas a maternidade como ela é. Bebes que dormem todo o dia, são as exceções. Não é o berço que tem espinho, nosso colo que tem amor demais. Nosso cheiro que é capaz de acalmar as angústias. A maternidade nem sempre e tão linda como nas revistas. Ela pode ser exaustiva e solitária. Muitas vezes vamos pensar: meu Deus, onde eu me meti? e vamos chorar, e vamos nos sentir exaustas. Mas tudo bem. Acredite, isso passa. Novos desafios e dificuldades virão, é verdade, mas passa.
Dai a importância de uma rede de apoio forte e segura, capaz de acolher em nossas necessidades, sem julgamentos. Também importante que saibamos olhar pra nós, pedir ajuda quando sentirmos que precisamos. Buscar apoio, informação, trocar experiencias (eu sou super fã de grupos de apoio. Nada mais reconfortante que ouvir outras pessoas que passaram por determinada situação, ver como enfrentaram...). Aceitar a maternidade como ela é, e o nosso bebê real, como ele é. Nos permitir conhecermos um ao outro, e aos poucos vamos entendendo as necessidades daquele serzinho que mal chegou nesse mundo. E as coisas vão ficando mais leves. Acredite, você é a melhor mãe que seu bebê pode ter. Mesmo com toda dificuldade, medo e medo.
MÃES TEM OLHEIRAS, CABELO DESPENTEADO, UNHAS POR FAZER, COMIDA SEM COMER, SONO, MUITO SONO, CANSAÇO, BANHO POR TOMAR, TRISTEZA, ALEGRIA, AMOR, REALIZAÇÃO, FORÇA....ASSIM, TUDO JUNTO E MISTURADO. E EU AMO ASSIM, DESSE JEITINHO QUE É. 💜
segunda-feira, 17 de abril de 2017
Bem vinda, Joana! Relato de um parto domiciliar planejado
A gente é corajoso não por ter o
parto em casa, coragem é nadar contra a corrente, por ir contra o sistema e
tudo que as pessoas acreditam ou aprenderam na nossa cultura.
Assim seguia nossa conversa
dentro do carro, após sair da consulta com o Lucas no Sofia. Naquele dia 26/03,
um domingo, completava 39 semanas de gestação. Fomos a consulta pois naquela
última semana Victor andava um tanto ansioso, apreensivo com a proximidade da
chegada da Joana, e uma insegurança começava a aparecer. Então, na consulta de
pré natal com Miriam, no dia anterior, ela sugeriu que fossemos fazer uma US e
conversar com o Lucas para que ele pudesse, assim, acalmar o coração.
Com as minhas experiências
anteriores: uma cesárea eletiva, um parto normal hospitalar, um aborto, o parto
domiciliar era uma escolha óbvia. E já vinha estudando e conhecendo há tempos.
Porém para ele era um mundo um tanto desconhecido. Mas, também por ter vivido
as experiências anteriores ao meu lado, sabia e entendia os motivos, a
importância, e esteve comigo todo o tempo, estudando, buscando, conhecendo. Mas
claro, o desconhecido sempre gera medo. É meio inevitável, né?
Então voltando a consulta. Fomos,
vimos a bebe na US, tivemos todas as dúvidas e receios que ainda restavam
sanados, e voltamos assim, com essa conversa, que nos fortaleceu ainda mais.
Estávamos, naquele momento, em sintonia e prontos, de verdade, para receber
Joana, no momento que ela estivesse pronta. Estava animada pois na quinta, dia
30, teria um chá de bênçãos e era algo que eu queria muito desde o começo.
Então avisei que Jojo não nasceria antes. hehe
Desde o começo da gravidez meu
sogro falava que Joana nasceria no dia do aniversário dele, 29/03, então,
naquela quarta, quando acordei e comecei a sentir cólicas, eu caí na risada.
Será possível? Mas eu não achava que seria. Aliás, no dia anterior eu pedira um
toque a Natalia (EO), então coloquei na cabeça que aquela cólica era por esse
motivo. Segui o dia normalmente, tentando resolver naquela semana, tudo
que eu precisava, para não deixar nada pendente para a semana seguinte, quando já estaria com 40 semanas (os outros dois vieram com 40 semanas e alguns dias). Como as
cólicas continuavam, pedi meu irmão ir comigo a Lena (costureira) buscar os
últimos produtos que estavam prontos. Comentei com ele. Mandei mensagem pra
Jéssica (doulamiga) rindo da coincidência. A noite, enquanto comemorávamos o
aniversário, as cólicas começaram a parecer cada vez mais com o que eu me
lembrava das contrações da Alice. E eu continuei quieta sem falar com ninguém.
Joana não nasceu no dia do avô, mas deu seus primeiros sinais nesse dia! =)
A madrugada foi agitada, ao invés
de acordar para fazer xixi, fui acordada pelas contrações, que vinham de tempo
em tempo. Pela manhã, quando vi que continuavam, apesar de sem um ritmo
definido e bem tranquilas, mandei mensagem no grupo da equipe avisando. Mas
ainda achava que não precisava de ser avaliada. Eu iria informando ao longo do
dia, pois já tinha uma programação e não via porque mudar os planos. Acreditava
que isso poderia me deixar ansiosa e atrapalhar. Elas continuaram, se tornando
cada vez mais marcantes e não deixando dúvidas, porém eu ainda tinha medo de
ser um ‘alarme falso’, então preferi continuar quieta na minha: apenas a
equipe, Victor e Jessica sabiam. Acho que estava em negação, não queria acreditar que estava chegando o momento tão esperado, ou não queria me frustrar caso não fosse a hora ainda. A tarde sai com mamãe para fazer compras para
o aniversário da Alice. As contrações
ganhavam um ritmo, porém ainda espaçadas. Inclusive fui atropelada por outra
grávida no meio da 1001 festas quando parei de repente em uma contração. Ahaha
Chegando em casa conversei com a
Renia (EO), que viria trazer o resto do material. Ainda não queria ser
avaliada. E, lembram do chá de bênçãos? Pois é, falei que eu ainda iria ao chá!
Pausa nesse momento pra lembrar que, sozinha em casa, comi uma coxinha gigante
que tinha guardado escondida pra comer quando estivesse sem ninguém pra dividir (ahaha), com
café! Lembrei dela mais tarde, no tp... hehe Por volta das 18h elas já vinham
cada vez mais próximas, com intervalos variando entre 7-10 minutos, algumas
rápidas, outras mais longas... Victor chegou em casa. Tem certeza que vai ao
chá? Certeza! Bom que eu distraio. Andar de carro foi uma tortura! Ainda
ficamos perdidos, e a viagem demorou mais tempo. O chá foi lindo. Como sou
grata por ter sido tão bem acolhida por esse grupo (Nascer Sorrindo Contagem).
Receber tanta energia boa e carinho, com certeza, fez toda diferença pra gente
naquele momento. A essa altura já sentia entre 5-7 minutos. Estive cronometrando durante todo o chá. Se a ida de carro
foi uma tortura, a volta foi em dobro! Definitivamente andar de carro com
contrações não é interessante. Mas valeu a pena.
Chegamos em casa. Os meninos já
dormiam. Arthur no quarto e Alice no sofá com o avô. Assim que cheguei ele
desceu. Alice acordou logo depois, e, não tenho dúvidas, sentiu que algo estava
acontecendo pois não queria nos deixar de jeito nenhum, super agitada. Eu
entrei por chuveiro e Victor foi avisar os pais para ficarem de ‘sobreaviso’,
pois provavelmente precisaríamos deles para ficar com os meninos ao longo da
madrugada. Mandei mensagem pra equipe, avisando que ‘As contrações já estão bem
legais’, e depois disso pedi Vic para que ele fizesse esse contato a partir
dali. O coitado teve que fazer isso, tentar me ajudar, lidar com Alice que não
desgarrava da perna... hehe decidiram que já viriam pra avaliar. Alice não aceitou de jeito nenhum ficar com os avós na casa deles, queria ficar comigo, mas eu, como esperava, não conseguia lidar com as duas coisas ao mesmo tempo: as contrações e as demandas da Lilly. Então ela aceitou ficar com o pai, que acabou precisando sair um pouco para atendê-la. Antes disso colocou umas velas no banheiro e me deixou ali, com as luzes baixas. Victor ligou
pra minha mãe, avisando que estavam vindo e que ele avisaria qualquer coisa.
Claro que ela chegou em casa antes da equipe. ❤
Eu no chuveiro... com a ajuda da
bola, quando vinha a contração me posicionava quase de 4 no embaixo d'agua, que
alivio! Porém não tive paciência para ficar ali. Entre as contrações não achava
graça ficar parada e vendo a água ir embora desperdiçando. Resolvi tentar
terminar meu plano de parto. Coloquei meu roupão (ou robe, não sei que nome dar) de seda vermelho (é importante falar isso pois eu queria estar 'ajeitada' durante o tp. tinha planejado um batom, um cabelo legal...mas na hora acabei achando desnecessário. Eu estava me sentindo muito bem comigo ali, natural, descabelada mesmo). Segui para o quarto, onde Victor colocou um incenso
bem delicia. Não sei dizer qual era, mas nos dias anteriores já tínhamos escolhido e deixado algumas opções já separadas no quarto. Mas também não durou muito pois estava sentada na bola, e a cada
contração sentia a necessidade de levantar e apoiar na parede. Nisso mamãe
tinha chegado e, enquanto Victor tentava acalmar Alice e faze-la ficar com o
avô (que foi em vão), eram as mãos dela que aliviavam as dores!
Logo aquela posição também não me
servia mais e me sentia cansada, queria deitar. Precisava deitar. E ai é engraçado como a gente
planeja planeja e não adianta nada. Sempre achei que me manteria super ativa ao
longo do Tp. Conversas, caminhadas, posições.... Mas naquele momento tudo que
queria era ficar deitada na cama, olhos fechados, escuro, silencio.... Foi a
forma que eu consegui manter minha concentração para lidar com o momento. Tenho essa característica, de me afastar quando preciso lidar com algo meu. Dessa
forma apenas ouvia e sentia os movimentos ao redor, pela casa. Era por volta de
meia noite quando ouvi a Ana (EO) chegando, veio me ver, auscultar Joana. Logo
em seguida ouço a chegada de Miriam. E um pouco depois chega Jéssica. Escuto
entrar no quarto.. e só queria abraça-la! O que tanto sonhei, tanto
conversamos.. e chegou o momento! Como foi bom senti-la ali comigo. Só saber que estava ali já era suficiente pra me fortalecer. O cheiro da lavanda... Só não vi a
hora que o Rafa chegou.
A partir dali eu já não sei mais
de hora, de tempo, de nada. Até mesmo as conversas e acontecimentos não consigo
ter certeza se lembro na ordem certa. Sei da passagem do tempo devido as
auscultas de BCF que eram feitas a cada 30, o que me fazia ter alguma noção.
Durante todo o tempo eu estava ali, deitada na cama, olhos fechados. A cada
contração que vinha, a cada dor que crescia, em minha cabeça eu repetia ‘uma a
menos para o fim’, ‘já esta passando’, 'alcançamos o pico e já está indo', ‘eu consigo passar mais essa’. E assim seguia.
Vencia cada contração. Me lembro que sentia mais dor que a contração em si. Não
sentia tanto ‘aperto’ na barriga como me lembrava, o que me fez pensar que
teríamos um longo caminho pela madrugada. E nesse caminho me lembro apenas de
todo carinho que recebia. A cada palavra de incentivo, a cada toque, a cada
massagem, a cada compressa quentinha. Sentia cada toque, de cada mão como um conforto indescritível. E cada
vez mais me sentia segura e certa que eu conseguiria, cada vez mais fui me
entregando aquele momento. Percebia todo mundo ao redor, minha mae, Ana,
Victor, Miriam, Jessica... sempre atentos e cuidando de nós. Mas comecei a preocupar se o fato de estar ali deitada todo o tempo não estaria atrapalhando o andar do tp, se não iria tornar tudo mais demorado. Afinal, tava careca de saber o que ajudava na evolução, caminhar, posições verticais, o chuveiro... Então, em determinado
momento decidi que deveria tentar me movimentar mais, pra ajudar. Pedi a
bola e me posicionei de joelhos, apoiando o corpo nela. Porém também não consegui
me manter assim por muito tempo. Depois soube que eu dormia entre as contrações
e quase caia da bola ahahah Ai vem outra coisa legal. Sempre ouvi pessoas contado ter dormido entre as contrações e achava aquilo surreal, Não é possível. como conseguem? E não é que acontece mesmo? Voltei a deitar. Nesse momento comecei a sentir que
as contrações começaram a mudar. Sentia a barriga apertando mais. E realmente
não sei de passagem de tempo, quanto tempo entre cada acontecimento, mas a partir desse momento tudo aconteceu bem rápido. Me lembro
de Miriam deitada ao meu lado enquanto Jessica massageava nas costas. As
contrações mudando. Falei que sentia essa mudança e ouvia palavras de conforto
e incentivo. De repente sinto algo saindo, seguido de um PLOC. Uma água
quentinha escorrendo. Dou um pulo Ai! A bolsa rompeu. Penso: agora o bicho vai
pegar.... Na minha cabeça ainda estava la pra metade do TP, que avançaria o
resto da noite, até pela manhã, como foi com Alice. A dor muda, e isso me
assusta. ‘Essa dor está me assustando’, falo com Miriam. Não consigo lembrar o
que ela me disse ao certo, mas algo sobre ser um bom sinal que está evoluindo,
e que eu estava ótima, estava tudo bem. Aperto com força sua mão quando vem uma contração (ai que vergonha! depois fiquei preocupada de ter machucado). Peço a Jéssica ajuda pra que eu não
perca o foco, não perca o controle. Penso: agora é a hora, a parte que não
passei com Alice. O que falarem para eu fazer, farei. 'Victor, se vai encher a
piscina e bom fazer agora senão não vai dar tempo, e ela quer a piscina, ne?' Ouço Miriam. Então começo a sentir algo mais diferente, que não sei explicar,
que vem junto a uma necessidade de vocalizar, gemer. Era fora do meu controle.Deus, é normal isso? Tá certo? 'O que
você está sentindo?' A dor está diferente, e está ardendo. 'Uai, ta ardendo? Então ela ta nascendo!' (Miriam) Cai a ficha. Aquela sensação que eu não entendia são puxos! A gente
lê, estuda, prepara, pra na hora não saber que são os puxos! Ainda hoje rio de
mim mesma ao lembrar. 'Lu, tira a calcinha senão ela nasce de chapéu!' Não consigo. 'Quer ir pra piscina?' Quero. Tento levantar, não consigo mais uma vez. Sempre que tento me mexer vem a pressão e não consigo sair do lugar. Não é possível que não vou conseguir parir na água como sempre sonhei. 'Não tem problema. deixa ela vir onde você conseguir e se sentir mais confortável' Sinto
Victor me carregando pra dentro da piscina. Tento achar posição. Na minha
cabeça estou fazendo algo errado. Falo algo, e escuto mais palavras de
incentivo. Tenho medo de empurrar, acho que por medo de fazer a força errada,
de lacerar demais, de hemorroidas, de sair coco, sei la. Só sei que tenho medo e acho
que estou fazendo algo errado. Respira. 'Lu, quer que eu entre com você?' Sei lá, tanto faz' (sim, eu respondi isso. Ou algo do tipo pro Victor. Oh Deus! ahahah) Sinto que Victor entrou na água, e me
puxa pra apoiar nele. Me entrego, relaxo. Consigo respirar e voltar a concentrar. SAI, JOANA! Falo, e escuto risos. E a
cabecinha sai. Ah! Fico ali, acariciando a cabecinha enquanto ainda não consigo
acreditar. Ela é cabeluda Lu! (Mamãe) Eu tô sentindo! Sinto um movimento. Que
isso? Ela ta fazendo a rotação. É ela que ta mexendo sozinha? E agora, o que eu
faço? (pausa pra rir de mim mesma de novo. A gente fala cada coisa quando está na viagem da partolândia!) Espera a contração pra ela terminar
de sair. Ela não vem. É legal porque já tinha visto vídeos onde a mãe ficava um tempo com o bebê apenas a cabecinha pra fora e achado o máximo. Então eu estava mesmo curtindo aquele momento. Estava em êxtase ou poder acariciar sua cabecinha ali, daquele jeito. Não sei dizer quanto tempo estivemos assim. Sinto Joana mexendo dentro de mim. Me dá muito nervoso
aquela sensação. Porque não sei explicar o que sinto. Sinto todo meu corpo respondendo àqueles movimentos, àquela sensação. Cada músculo. Por favor, me ajuda! (parecendo o gatinho do Shrek, segundo mamãe).
Miriam leva a mão para aparar. Força. Joana sai. Eu não lembro, mas eu a aparo junto de Miriam (vi no vídeo!) pego e subo pro meu colo. Caraca, que é isso? Como descrever? Apenas sentir.
Mãe, chama os meninos! Logo
vem Arthur com cara de sono e abaixa ao lado da piscina. Alice não acorda. Vejo se ela quer peito (lembro que Alice
primeira coisa que fez foi buscar peito). Não quis. Ficamos ali, Victor e eu
namorando Joana por uns minutos. Arthur volta pra cama. Meus sogros entram pra
conhecer Joana. Essa é outra coisa legal. Nos nossos planos os pais do Victor não estariam ali. E eles também não pensavam que estariam. Já haviam falado que ficariam com os meninos em casa, sairiam, o que fosse preciso. Porém, pelo horário, Arthur dormindo, Alice que não quis descer e dormiu no sofá, eles ficaram todo o tempo na sala, caso eles acordassem. Volto pra cama pra esperar a saída da placenta e ser examinada.
Esperamos o cordão parar de pulsar. Victor corta, enquanto eu mando foto pelo
whatsapp, quero avisar a todo o mundo, Joana chegou! Sai a placenta. Joana já está mamando, e assim continua pelas próximas
quase 3 horas. Enquanto isso comi pão de queijo e cochilei, enquanto era
monitorada de tempo em tempo. Quando Joana resolveu dar um tempo no mama, já
era hora de Arthur ir para a escola. Antes de sair ele acordou Alice avisando
que Joana tinha nascido, no que ela respondeu: ‘Conta outra mamão!’ E chegou no
quarto com aquela carinha de sono, toda descabelada. Quem é esse bebe, Alice? Não sei... hehe
Joana foi examinada, pesada, vestiu a roupinha com ajuda da irmã. Enquanto isso
fui tomar um banho e me vestir.
Já renovada pelo banho, segui para a sala tomar meu café da manhã, enquanto a Ana terminava as anotações. Encontro a mesa cheia de biscoitos que minha sogra fez na madrugada, enquanto esperava por notícias. Vou a cozinha, preparo meu leite como em toda manhã, no meu caneco de sempre. sento e como, enquanto observo Alice no sofá. Observo, como um dia qualquer, exceto porque, naquele momento, ela estava com a Joana no colo, já fazendo seus planos do quanto irão brincar ao longo da vida. Me levanto, pego a máquina, e me abaixo, próximo a elas, para registrar o momento.
Joana chegou no dia 31/03/2017,
às 3:44 da madrugada, pesando 3,570Kg e medindo 50cm. Nasceu tranquila, na
água, no meu quarto, assistida pelas enfermeiras Miriam e Ana Angelica, da Equipe Bom Parto, com a
presença da minha mãe e do meu irmão, que ainda foi nosso fotógrafo! E pra quem
estava com medo, sai com períneo íntegro e nenhuma laceração! Não nasceu ao som
do Nando pois, apesar da playlist enorme que passei a gravidez toda preparando,
de Jessica e Victor terem me lembrado, não conseguia pensar em nenhum som
atrapalhando minha concentração e o silêncio da madrugada.
É impossível descrever toda
gratidão a todos que fizeram parte dessa construção, que estiveram ao meu lado
e apoiaram. A equipe Bom parto, principalmente Miriam e Ana, minha mae, que
mesmo achando tudo uma loucura, respeitou, se informou, conheceu e ajudou para
que tudo acontecesse da melhor forma possível. Victor, meu amor, que mergulhou
nessa experiencia comigo, mesmo que muitas vezes a insegurança batia. Me surpreendeu
no dia. Obrigada! Rafa, fotografo de última
hora, que registrou lindamente esse momento. Jessica, minha amiga querida, que
me aguentou todos esses meses, e me trouxe paz. Meus sogros que estiveram ali,
nos bastidores todo o tempo. É algo que não dá pra colocar em palavras e
poderia passar uma vida contando, relembrando, revivendo...
Bem vinda, Joana!
terça-feira, 14 de março de 2017
Barriguda às compras!
Hoje foi dia de sair pra escolher novas estampas para slings! Nossa linha de wraps rígidos foi um sucesso de lançamento e logo já teremos mais em pronta entrega. Logo, também, a pequena Joana estará aqui fora da casinha conosco e estamos trabalhando a todo vapor para manter tudo adiantado e pronto, dessa forma não faltará nada para nossos clientes no período que estiver "lambendo" a cria mais nova. Não vamos parar.
Mas o que acontece quando estamos no final da gravidez, hormônios a mil e diante de um monte de tecidos lindos?? Isso aí, saímos da loja com um sling novo pra carregar a bebéia! Kkkk. Essas saídas são um perigo... 🙈
![](webkit-fake-url://df3e9a19-9e81-473e-b250-616f0d81fa54/imagejpeg)
Mas o que acontece quando estamos no final da gravidez, hormônios a mil e diante de um monte de tecidos lindos?? Isso aí, saímos da loja com um sling novo pra carregar a bebéia! Kkkk. Essas saídas são um perigo... 🙈
domingo, 26 de fevereiro de 2017
Novo: Almofada para amamentação!
Almofada para amamentação é um daqueles itens do enxoval mil e uma utilidades, e que pode fazer muita diferença para mães e bebês. Seu uso oferece maior conforto durante a amamentação, uma vez que garante um apoio melhor ao bebe ou braço da mãe, ajudando a aliviar dores causadas pelo peso dos pequenos, alem de ajudar a melhorar a postura da mãe durante as mamadas.
Nossa almofada e confeccionada em tricoline, 100% algodão, visando evitar alergias, não esquentar durante o contato, além de ser lavável e com boa durabilidade. As capas possuem zíper para facilitar sua lavagem (bebês sabem ser bem bagunceiros! hehe). O recheio é composto por fibra siliconada, revestida com oxfordine.
Além disso, ao longo do tempo vamos descobrindo diversas outras utilidades para a almofada: apoio para o bebe garantindo que fique com o tronco mais elevado, ou mesmo para estimula-los na posição de bruços, apoio para bebes que estão começando a sentar, apoio para a mãe nas costas (esse testado e aprovado por mim recentemente, durante uma crise de sinusite, para aliviar o cansaço e falta de ar com uma barriga de 35 semanas!).... E outras utilidades que vamos adorar receber sugestões!
Para mais informações, entre em contato conosco. Será um prazer atendê-los.
Nossa almofada e confeccionada em tricoline, 100% algodão, visando evitar alergias, não esquentar durante o contato, além de ser lavável e com boa durabilidade. As capas possuem zíper para facilitar sua lavagem (bebês sabem ser bem bagunceiros! hehe). O recheio é composto por fibra siliconada, revestida com oxfordine.
Possui formato de "C", e uma segunda almofada, articulada, para garantir melhor suporte e altura.
Para mais informações, entre em contato conosco. Será um prazer atendê-los.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
Cheiro de novidade no ar
Quem nos conhece sabe do nosso compromisso e preocupação em oferecer o melhor, sempre. Nossos produtos visam, acima de beleza, conforto e segurança para quem carrega e para o bebê/criança que será carregado. Dessa forma, nada mais natural que estarmos sempre em busca de novidades, não só em relação a novos produtos, mas também do que há de mais atual no mundo dos carregadores.
Há algum tempo já venho pesquisando, conhecendo e testando novas opções de tecidos, principalmente para wraps, e essa busca está gerando resultados bacanas, pensando especialmente em nossos clientes. Em breve será lançada nossa linha de wraps em tecidos rígidos, permitindo que os pequenos sejam carregados com mais conforto, e por mais tempo!
Aguardem que em breve volto para apresentar nossa nova linha, e contar um pouco mais sobre essa novidade!
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